quinta-feira, 15 de março de 2012

Zico para Presidente da CBF


Pausa – mas nem tanto – da poesia pra falarmos de futebol

Com a saída de Ricardo Teixeira do comando da CBF, muita gente está de olho grande no cargo máximo da entidade que administra o esporte que é a maior paixão do povo brasileiro. Alguns deles, por exemplo, são: Marco Polo Del Nero (Presidente da Federação Paulista de Futebol) e Andrés Sanches (ex-presidente do Corinthians e atual coordenador de seleções da CBF). Até o João Havelange fala em voltar. Porém, para a infelicidade desses aí, um outro nome vem ganhando força entre a população, é o de Arthur Antunes Coimbra, ou simplesmente, Zico.
No bares, nas ruas, nas praças, nos estádios, só se fala em Zico na CBF. Imagino o Galinho sendo ovacionado por todos, repetindo a cena de Platini e Beckenbauer, ao ser anunciado no estádio, na abertura da Copa do Mundo, como presidente da confederação de futebol do seu país. Qualquer dirigente brasileiro morreria de dor de cotovelo. E isso é bem possível, sobretudo por ser um ídolo, mas também por ser – até que provem o contrário – um homem íntegro e de caráter indiscutível, conhecedor do futebol dentro e fora das quatro linhas.
Uma campanha poderosa foi lançada ontem à noite com o nome do craque para presidir a CBF. O movimento vem ganhando força e provocando uma reação em cadeia que já atinge proporções continentais. Zico até já estaria viajando do Iraque, onde é técnico da seleção daquele país, para o Brasil.
 Tudo começou após uma articulação inédita entre esportistas da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. As lideranças afirmam que o movimento é apartidário, embora muitos políticos já tenham revelado apoiar, como é o caso do Romário, por exemplo, se posicionando favoravelmente.
Em Quintino, a expectativa é grande e há vigília desde a madrugada na porta da casa onde Zico nasceu. Zeca Pagodinho, Ronaldo (o gordo), Ronaldinho, Kaká e Martinho da Vila também já manifestaram apoio. Mesmo Sócrates, pouco antes de falecer, já havia proposto que Zico fosse o presidente da CBF. Na porta do seu prédio, no Rio de Janeiro, uma pequena multidão de jornalistas e curiosos já se aglomeram em busca de mais informações.
O movimento agora se espalha como um vírus pelas redes sociais e os analistas já consideram inevitável a presença de Zico na presidência da CBF. Até a presidente Dilma Roussef deve fazer um pronunciamento sobre o fato em algumas horas...
Abaixo, o manifesto que foi construído colaborativamente no facebook por amantes de futebol:

“Queremos Zico de novo, nos braços do povo. Não queremos nenhum peso morto. Queremos a CBF mais autônoma e menos panaca, mais audaciosa e menos medrosa. Queremos, principalmente, uma CBF parceira dos nossos clubes e mais democrática. Queremos de volta o futebol perdido e as torcidas nos estádios. Abaixo à ditadura no futebol! Queremos Zico na CBF!”

Isso tudo me lembrou um poema que fiz pro Zico há algum tempo, quando da passagem do seu 56º aniversário:

Pois é, Zico

De pé em pé corre a pelota
com seu destino mal traçado,
até que encontra no caminho
quem vai tratar-lhe com cuidado;

toda a platéia se levanta
e o galinho se agiganta

e segue em frente, passo forte,
dribla um zagueiro, depois outro,
no pobre arqueiro dá um corte,

balança a rede sem afã:
festejos no maracanã!

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