segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Blues para Marília

          Gustavo Felicíssimo

Penso todos os dias em Marília.
Sobretudo penso em tudo que deixei por lá:
os companheiros de infância, minha mãe,
o pão caseiro feito pela Tia Vilder,
as férias em Panorama.
Penso principalmente no cheiro do café;
café bom das lavras da Fazenda Cascata.
Marília são flashes na memória:
os passeios pela Praça São Bento,
as visitas ao Paço Municipal.
Por isso esse velho Blues,
            esse reverso n’alma,
            o silêncio que revolve a voz
e o olhar demorado para as coisas sem sentido.
Marília é tudo que ainda sangra.

Nenhum comentário: