domingo, 26 de junho de 2011

Gitanjali - Poema 58

Deixa que todos os acordes da alegria misturem-se no meu último canto – o júbilo que faz a terra transbordar no excesso violento da relva; o júbilo que dispõe  a vida e a morte – irmãs gêmeas – dançando juntas pelo mundo imenso; o júbilo que arrebata como a tempestade, sacudindo e despertando a vida numa gargalhada; o júbilo que repousa silencioso como as suas lágrimas dentro   do lótus entreaberto e vermelho da dor; o júbilo que atira ao pó tudo quanto possui e que não se traduz em palavras.

Rabindranath Tagore, em Gitanjali (3ª Edição). Poema 58. Coordenada – Editora de Brasília. Tradução de Gasparino Damata.

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