quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Solilóquio a Jim Morrison

Estava relendo esse poema que escrevi em meio ao caos, num momento de grande fúria, angústia e solidão. Ouvia Roadhouse Blues, canção da minha banda preferida, The Doors. O poema, em princípio, dialoga com o momento que estava passando, mas logo percebi que era o mesmo diálogo que Jim Morrison sempre manteve consigo mesmo. Por esse motivo o título do poema e o prenome do ídolo no primeiro verso.

  
Solilóquio a Jim Morrison

Entre um drink e outro, Jim,
revisito os meus demônios.

Verdadeiros e constantes,
me ampararam às portas do inferno.

Com eles me vi, muitas vezes,
marchando sob o sol do Saara.

Nenhum herói na linha de frente
ou escudos a me proteger.

Anjos decaídos apenas,
estendiam as mãos sobre o fim.

Eram quais os meus medos,
se não fossem os meus medos.

Eram quais os meus tormentos,
se não fossem os meus tormentos.

Estava acompanhado e só,
imerso em minha própria loucura.

Assista ao vídeo de Roadhouse Blues:

3 comentários:

O Neto do Herculano disse...

"Let it roll, baby, roll".

Anônimo disse...

Nesse deserto do Saara, houve um pastor que criou entre os beduínos um filho que gostava de Doors. Imagina o nome do filhinho? Vem da tradição Tuareg, mas é beduíno.

Pedro

Paulo Cesar Rocatto disse...

Maravilhoso o video de James Douglas Morrison. Parabéns pelo primoroso blog. Sucesso Sempre.