sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Pirataria literária


Ser pirateado talvez seja o maior desejo da imensa maioria dos escritores, quase todos ávidos por popularidade. No Brasil, os casos mais clássicos são os serviços de fotocópias nas universidades. Entretanto, no Peru e na Argentina a coisa está indo um pouco mais longe.
Segundo o Valor Econômico do último dia 09, a polícia peruana apreendeu em um único fim de semana cerca de 1,3 mil cópias piratas do último livro de Mario Vargas Llosa, O sonho do celta. As cópias dos livros, que originalmente são editados pela Alfaguara, eram vendidos nas ruas de Lima por cerca de US$ 8. A apreensão causou surpresa entre as autoridades, já que não é comum encontrar versões pirateadas de obras literárias.
Já na Argentina, segundo a BBC Brasil, a pirataria literária está cada vez mais sofisticada e preocupa a indústria de livros do país. "É um fenômeno que está crescendo. Talvez não seja tão visível como é no Peru, onde a economia informal é intensa. Mas a pirataria de livros está crescendo na Argentina e também no Chile", disse à BBC Brasil o porta-voz da editora Santillana, Augusto di Marco. Segundo ele, os falsificadores estariam explorando brechas nas leis argentinas e chilenas – mais duras com a pirataria do que as de outros países sul-americanos – para ampliar seus negócios. Especula-se no setor editorial que esta produção regional poderia chegar a 10% ou 15% do volume da indústria de livros. Os livros falsificados são vendidos no varejo até 50% mais baratos do que cópias oficiais.
É evidente que a indústria do livro precisa se preocupar, defender seus interesses, já os escritores, nem tanto, pois a pirataria assim como a internet, ao que parece, hoje é capaz de popularidade a quem há pouco tempo não passava de mais um na multidão.

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