sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pequeno soneto da graça

a Bernardo Linhares


Sendo amigo de um amigo,
o sorriso me ultrapassa,
e por vezes não consigo
me conter de tanta graça.

Em seu berço meu abrigo,
numa infância que não passa,
eis porque tanto me obrigo
a beber na mesma taça,

em que bebe - eu, que não bebo!
E a comprar no mesmo sebo
livros tais de poesia.

E ao pensar em seu sorriso,
rio mais do que preciso
e do que não sorriria...

Henrique Wagner

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